Por que veganos comem alimentos que imitam carne?

Se você é vegano, com certeza já te questionaram algo do tipo. E se você não é vegano e tem esse questionamento, a resposta é mais simples do que parece: nós não nos tornamos veganos porque não gostamos do sabor da carne, mas sim porque não compactuamos com o sofrimento dos animais. O veganismo vai muito além de uma dieta, é uma filosofia de vida. Nós não apoiamos e não financiamos o sofrimento animal. E quando você entende isso, fica mais fácil pra você compreender o motivo de não servirmos animais nas nossas festas.

Uma pessoa que não come algo porque não gosta, não se importa se isso for servido, ela só não vai comer. Mas nós, veganos, não vamos pagar por algo que não apoiamos. Matar animais pra se alimentar é um extremo pelo qual NÃO precisamos passar. Se nós temos a opção de não financiar isso, então não o faremos. Toda refeição pode ter uma versão vegana, e qualquer receita pode se transformar em uma alternativa “plant-based”, podemos retirar do nosso prato todo o sofrimento animal sem abrir mão dos nossos sabores favoritos.

A comparação é simples: você serviria carne de cachorro no seu casamento? Você serviria carne humana no seu casamento? Para nós, não faz diferença se é um cachorro ou uma vaca; não vamos pagar para que eles morram, e ponto final. E isso também se encaixa quando nos perguntam por que não comemos o feijão feito com a linguiça, mesmo se tirarem a linguiça. Você comeria feijão que foi feito com carne de cachorro? Ou com lagartixa? O feijão é só um exemplo, mas já me foi questionado se eu não comeria diversos tipos de comida depois de tirarem, por exemplo, o bacon de cima. Além do mais, mesmo que esses alimentos, após terem sido preparados juntos, sejam retirados, podemos ter alguma reação, como alergias ou diarreia, porque nosso corpo já não tá mais acostumado com esses resquícios de alimentos de origem animal. Mesmo que seja pouquíssimo, pode causar um dano no nosso organismo, desregulando, por exemplo, nosso intestino por dias ou até semanas. Estudos sobre microbiota intestinal, como os publicados no European Journal of Nutrition, mostram que pessoas que seguem dietas vegetais podem apresentar mudanças na flora intestinal, o que pode afetar a tolerância a alimentos de origem animal quando reintroduzidos.

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A melhor feijoada que já comi (MasterVeggie)

Eu, particularmente, não me incomodo de frequentar restaurantes não veganos e comer alguma opção vegana lá, como uma porção de batata frita num bar, por exemplo. Mas tem pessoas veganas que optam por também não financiar esse tipo de estabelecimento, apenas os 100% veganos. E tá tudo bem. Do mesmo modo, eu não me incomodo de frequentar um churrasco de família e levar uma marmita. Na minha família, geralmente, fazem legumes assados em uma grelha separada. Mas tem gente que não consegue suportar estar na mesma mesa que animais mortos ou no mesmo ambiente. E tá tudo bem. Conheço pessoas que nem sequer se importam se o hambúrguer vegano foi feito na mesma chapa que o de carne animal, ou que não se importam se os legumes forem feitos na mesma grelha do churrasco, porque elas estão gerando demanda apenas para os alimentos veganos, e não necessariamente pedindo que tenha o “caldo” da carne animal neles.

Antes de virar vegetariana, eu comia quilos de coração de frango, mas me incomodava quando pensava que cada coraçãozinho equivalia a uma vida tirada. Preferia ignorar esse fato ou até acreditar — e nunca questionar — quando me falavam que frangos têm 3 corações, porque assim minha consciência pesava menos. Fato é que eu amava o sabor do coração de frango, do peito de frango desossado, do sashimi, do filézinho de peixe sem espinhas, da picanha acebolada ou da carne de churrasco malpassada. Sim, sinto falta desses sabores até hoje, depois de quase 10 anos sem comer. Mas só de pensar que vidas são tiradas para suprir meu gosto, eu JAMAIS voltaria a comer carne.

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Refeição vegana enviada pela Mariana

E é por isso que eu, e a maioria dos veganos que conheço, buscamos alimentos 100% vegetais que imitem sabor, textura, cheiro e tudo que remeta àquela memória afetiva do que gostávamos de comer, mas que não provenha do sofrimento de um ser senciente. E temos que concordar que carne animal sem tempero é horrível, né? Precisamos das plantas para chegar num sabor palatável, e isso é a chave para que não seja difícil tornar um hambúrguer à base de plantas em um saboroso hambúrguer que parece aqueles que comíamos antes de virar veganos. Pesquisas do The Good Food Institute mostram que a familiaridade de sabor e textura é um dos principais motivos pelos quais as pessoas buscam alternativas vegetais que imitam produtos de origem animal. E digo mais: para mim, só pelo fato de esse alimento não vir de sofrimento, já sinto como se ele ficasse muito mais gostoso.

Mas isso não é uma regra, viu? Conheço várias pessoas veganas que hoje não suportam o cheiro, a textura ou o sabor que lembre carne animal, pois ficam enjoadas por lembrar da morte ou da crueldade que os animais passam para o alimento chegar naquele ponto. E tá tudo bem.

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Lasanha vegana deliciosa!

Agora quero abordar o assunto que muitos não-veganos nos questionam quando falamos de vida/morte nos alimentos vegetais. Mas plantas são seres vivos, planta não sente dor? NÃO! Planta não sente dor! Pesquisas na área de fisiologia vegetal, como as publicadas na revista Trends in Plant Science, confirmam que plantas não têm nociceptores (que são neurônios que enviam sinais ao sistema nervoso central quando há dor), não têm estruturas neurais complexas que lhes permitam processar e interpretar sensações e não têm um sistema nervoso central, que é fundamental para sentir dor. As plantas reagem a estímulos através de mecanismos bioquímicos, mecânicos e elétricos, mas não têm consciência, dor ou intenção. Suas respostas são adaptações evolutivas para sobreviver e se reproduzir, sem a necessidade de um sistema nervoso central ou senciência. Ou seja, as respostas das plantas ao ambiente (sol, luz, vibrações das músicas, água, colheita ou animais) são reações físicas e químicas complexas.

Um exemplo simples pra ilustrar isso: Imagine aquecer água em uma panela. Quando a temperatura atinge 100°C, a água começa a ferver e evaporar. Isso é uma resposta física a um estímulo (calor), mas ninguém diria que a água “sente” o calor ou “decidiu” evaporar. É uma reação automática baseada nas propriedades físicas e químicas da água. A grande diferença entre plantas e sistemas simples como esse da água é a complexidade das reações. As plantas têm sistemas de sinalização celular, hormônios e genes que permitem respostas muito mais elaboradas e adaptativas. Por exemplo, uma planta pode “decidir” crescer em direção à luz ou liberar substâncias para se defender de herbívoros, mas tudo isso é feito através de processos bioquímicos automáticos, sem qualquer tipo de pensamento ou sensação.

Resumindo: ainda que as plantas sejam seres vivos (organismos que crescem, se reproduzem e realizam processos biológicos complexos), isso não significa que elas sejam capazes de ter qualquer tipo de sensação ou intenção. Elas são incrivelmente complexas e adaptativas, mas ainda funcionam com base em processos químicos e físicos, sem qualquer traço de dor ou consciência.

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Os melhores doces veganos da Nilo Cozinha Vegana (Torta Cookie)

Não é cabível comparar a colheita de uma cenoura com o processo de abate de um porco, por exemplo. Os porcos são animais extremamente inteligentes e brincalhões. Pesquisas sobre comportamento animal, como as conduzidas pela Universidade de Cambridge, já demonstraram que porcos têm capacidade de aprendizado e interação social complexa. Na indústria, muitas vezes retiram-se os rabos deles sem anestesia porque, quando estão presos, tendem a brincar com o rabo uns dos outros, podendo causar ferimentos. Na maioria das vezes, eles são castrados sem qualquer anestesia, algo que aqui no Brasil é proibido por lei para os cachorros e gatos. Eles são extremamente apegados a seus amigos e parentes, sentem quando estão sendo levados ao abate e choram igual criança, choram muito, quando escutam seus similares chorando também. Sentem cheiro de sangue e tentam fugir do caminho do abate de qualquer maneira. Porcas são confinadas em gaiolas minúsculas com o único propósito de engravidar e amamentar, e depois têm seus filhotes arrancados de si. Se temos opção de escolher entre comer um bacon vegetal muito semelhante ao gosto de um bacon que vem de tanto sofrimento animal, qual escolhemos?

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Comida japonesa vegana? Temos! Enviado pela Nath F.

Hoje, já temos estudos suficientes que comprovam que cachorros desenvolvem depressão, cânceres, ansiedade e diversos outros tipos de doenças físicas ou mentais, como apontado por pesquisas na área de bem-estar animal (por exemplo, estudos publicados no Journal of Veterinary Behavior). E com outras espécies de animais não é diferente. Animais são seres sencientes, o que significa que eles têm capacidade de ter experiências subjetivas, como sentir dor, prazer, medo ou outras emoções. Isso envolve a consciência do próprio corpo e do ambiente, além da capacidade de responder a estímulos de maneira intencional, não apenas reflexiva. A senciência está intimamente ligada ao sistema nervoso. Ao contrário de sistemas não sencientes, como plantas ou minerais, que reagem de maneira automática e inconsciente, muitos animais demonstram comportamentos relacionados à consciência.

Os animais demonstram comportamentos que indicam a experiência de dor, como evitar estímulos dolorosos, vocalizar ou mudar seu comportamento após uma lesão, fato já documentado em diversas pesquisas sobre neurociência e bem-estar animal. Eles também são capazes de aprender com vivências anteriores e adaptar sua conduta de acordo com essas experiências, o que revela um notável grau de percepção do ambiente e de mecanismos de aprendizado e memória, como demonstrado em experimentos de condicionamento e testes de labirinto. Além disso, muitos animais exibem comportamentos sociais complexos, que vão desde demonstrações de empatia e cooperação até manifestações de luto, sugerindo uma vida emocional rica. No campo da comunicação, essas espécies fazem uso de vocalizações, gestos e até ferramentas, evidenciando um entendimento elaborado do meio que as cerca. Por fim, pesquisas sobre autoconsciência indicam que alguns animais conseguem reconhecer a própria imagem, um sinal de autoconsciência que reforça a sofisticação cognitiva em diferentes grupos.

A senciência é um espectro, e nossa compreensão dela ainda está evoluindo à medida que estudamos mais espécies e seus comportamentos. Recomendo fortemente os livros, artigos e blog do nosso grande filósofo brasileiro, doutor e mestre, Luciano Carlos Cunha (https://senciencia.org/) sobre o tema de ética animal para mais reflexões sobre.

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Fãs dos bolos da Vovó Vegana por aqui?

Fora o argumento da senciência, também precisamos falar sobre saúde. A carne processada (como bacon, salsicha, presunto e salame), que está no mesmo grupo de cancerígenos que o tabaco (Grupo 1, “cancerígeno para humanos”) pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), órgão da OMS, conforme relatório publicado em 2015 na revista The Lancet Oncology. A carne vermelha (como carne de boi, porco e cordeiro) foi classificada como Grupo 2A (provavelmente cancerígena para humanos), com evidências de ligação ao câncer colorretal, pancreático e de próstata.

Durante o processamento e o cozimento em altas temperaturas, como grelhar ou fritar, podem se formar compostos cancerígenos, como as nitrosaminas (presentes em carnes curadas ou processadas com nitritos e nitratos), bem como hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (HAPs) e aminas heterocíclicas (HCAs), que surgem quando a carne é exposta a temperaturas muito elevadas. Além disso, carnes vermelhas e processadas são ricas em gorduras saturadas, capazes de elevar os níveis de colesterol LDL (“ruim”) e favorecer o acúmulo de placas nas artérias (aterosclerose), aumentando o risco de infarto e derrame. O sódio encontrado nessas carnes pode ainda elevar a pressão arterial, tornando-se um fator de risco significativo para doenças cardiovasculares. Já o ferro heme, presente em carnes vermelhas, pode estimular a formação de radicais livres, danificando células, contribuindo para processos inflamatórios e o endurecimento das artérias. Estudos epidemiológicos, como os conduzidos pela Harvard T.H. Chan School of Public Health, também indicam que o consumo excessivo de carne vermelha e processada está associado a um maior risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2. Diversos mecanismos podem explicar essa relação, incluindo a interferência das gorduras saturadas na sensibilidade à insulina, o dano potencial causado por nitratos e nitritos presentes em carnes processadas às células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina e o aumento de marcadores inflamatórios no organismo, associado ao consumo regular de carnes processadas e diretamente ligado à resistência à insulina.

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Torta de frutas da Jaca Bô-Ah

Vejo muita gente se comover com os novos selos de “Contém alto teor de açúcar adicionado” e “Contém alto teor de sódio”, mas quando vamos nos preocupar com o alto teor de cancerígenos? Quando vamos começar a relacionar tantos casos de câncer ao consumo desenfreado de alimentos de origem animal?

Isso inclusive me faz lembrar de algo muito importante, que ainda não mencionei e faz pouco tempo que comecei a refletir sobre. A grande maioria das pessoas que conheço busca SEMPRE carne barata, promoção de carne, restaurantes que oferecem porções baratas de frango etc. E eu pergunto pra você: quantas dessas pessoas realmente pensam a fundo sobre qual a procedência dessa carne? Qual a garantia de que essa carne vem de um animal “bem cuidado”, um animal que não tinha doenças, que não tinha câncer, que não tinha infecções?

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Lanchos do Master Veggie!

O uso excessivo e inadequado de antibióticos na indústria da agropecuária é extremamente preocupante. Está comprovadamente causando resistência bacteriana em seres humanos, gerando bactérias resistentes aos antibióticos, o que nos obriga a ter cada vez mais um antibiótico diferente receitado no Pronto-Socorro porque o outro já não faz mais tanto efeito. Isso ainda contribui para o surgimento das “superbactérias”, que são resistentes a múltiplos antibióticos, tornando infecções comuns mais difíceis de tratar. Inclusive, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a resistência aos antibióticos pode causar 10 milhões de mortes por ano até 2050 se não forem tomadas medidas urgentes, conforme relatado em estudos sobre resistência antimicrobiana. Além disso, todo esse antibiótico servido nas rações desses animais explorados para consumo ainda contribui para causar reações alérgicas, como dermatites que não têm cura, em pessoas sensíveis, além de afetar a microbiota intestinal humana. Conheço pessoas próximas a mim que foram diagnosticadas com doença de Crohn, ou até mesmo graves situações de intestino preso, e se curaram assumindo uma dieta 100% vegetal. E isso também se dá para doenças “incuráveis” como diabetes e, no meu caso, hipotireoidismo, que, coincidentemente, se curou depois que virei vegana e parei de consumir laticínios e ovos, pois quando eu era ovolactovegetariana a doença persistia mesmo com medicamentos.

Antes de encerrar o assunto sobre saúde, quero deixar claro que não estou dizendo que o veganismo seja a cura para todas as doenças. No entanto, as indústrias farmacêutica e agropecuária são bilionárias e frequentemente influenciam o conhecimento que recebemos. Recomendo fortemente o documentário What the Health, disponível em diversas plataformas de streaming, para quem deseja entender melhor como essas indústrias podem manipular as informações que chegam até nós.

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O ovo vegano do Caneca Café sempre me surpreende!

Aproveitando a menção dos laticínios, vamos falar sobre o leite. Cresci tomando achocolatado, e hoje continuo comprando leite de amêndoas para tomar com Ovomaltine, pela memória afetiva que isso me traz. Mas lembro que, quando eu era criança, tomar leite de vaca na caixinha era tão normal, e leite em pó então era um luxo delicioso. Já tomar leite de vaca tirado diretamente da teta da vaca? Morríamos de nojo. É só mais uma demonstração de como sempre tentamos ignorar a realidade da origem dos alimentos por trás das embalagens. Como já mencionei em meus outros artigos, meu marido e alguns amigos não sabiam que a vaca precisa engravidar para dar leite, e que ela o produz para o seu bezerro, não para os humanos. Inclusive, somos os únicos mamíferos a mamar depois da fase inicial de crescimento, ainda mais de outra espécie. O leite da vaca é para o bezerro, assim como o do humano é para o seu filho, do gato para o seu filhote e assim por diante. Não é à toa que estamos cada vez com mais casos de intolerância à lactose e, cada vez mais, recém-nascidos com APLV (alergia à proteína do leite da vaca), conforme reconhecido pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Mais uma vez, o leite da vaca não é para humano, sendo natural que nosso corpo rejeite isso de certo modo.

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Os salgadinhos da Nilo Cozinha são os melhores que já comi!

Outra coisa que eu gostaria de falar é que algumas pessoas acham que ser vegano é sinônimo de ser saudável. Não é. Se uma pessoa deixa de comer alimentos de origem animal de um dia para o outro e não inicia uma alimentação adequada, de preferência sendo acompanhada por uma nutricionista vegana (porque, se não for vegana, ela pode incentivar o retorno ao consumo de produtos de origem animal sem necessidade, por falta de conhecimento específico do tema), com certeza vai ter deficiência de nutrientes como ferro, cálcio etc. Tudo isso pode ser encontrado em alimentos de origem vegetal, mas não adianta deixar de comer produtos de origem animal e não começar a ingerir pelo menos uma opção de grãos diariamente, como feijão, lentilha, grão-de-bico, soja etc., além de alimentos ricos em vitamina C para potencializar a absorção do ferro não heme (que provém de origem vegetal). Enfim… é preciso ter uma alimentação saudável, sim, para depois não responsabilizar o veganismo pela falta de disciplina alimentar. Estudos da Academy of Nutrition and Dietetics (EUA) indicam que dietas veganas bem planejadas podem atender adequadamente às necessidades nutricionais, mas requerem atenção especial a nutrientes como vitamina B12, ferro e cálcio.

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Um dos meus restaurantes favoritos, Lar Vegan!

Recomendo a minha planilha de documentários separados por categorias; na categoria “saúde”, dá para encontrar diversos documentários sobre o impacto positivo da alimentação vegetal na saúde. Link: https://www.linkedin.com/posts/avictoriadias_veganismo-sustentabilidade-direitosanimais-activity-7294806687377428480-m8Se?utm_source=share&utm_medium=member_desktop&rcm=ACoAACTjX44BQ0TT1s-lLmzdSCVdM4TctGnhONc

Pare de pensar que veganos querem se mostrar superiores e passe a considerar o veganismo por alguma(s) dessas razões: pelos animais, pela sua saúde, pelo futuro da humanidade, pelo planeta. Não estamos preocupados com o que você come ou deixa de comer, essa é uma escolha pessoal, desde que não interfira na minha vida (mesmo que indiretamente, devido ao impacto que a agropecuária exerce em questões ambientais e de pandemias) ou na de outros animais. Não lutamos para que você perca a liberdade de comer o que quiser, mas pela libertação dos animais, dando voz a eles.

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